Um artigo sobre Simonal foi produzido por mim para o livro "A Construção social dos regimes autoritários: Brasil e América Latina", organizado por Denise Rollemberg e Samantha Quadrat. Trata-se de uma versão bem reduzida do exposto no livro "Simonal: quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga".
O sociólogo Celso Barros, através do site Amalgama, fez um ótimo balanço do livro. Referindo-se ao artigo sobre Simonal, escreveu:
"O texto de Gustavo Alonso sobre Simonal
faz duas coisas: em primeiro lugar, na mesma chave de Rollemberg,
discute a construção de uma memória da MPB como trilha sonora da
resistência: boa parte da música brasileira no período da ditadura
passou ao largo do debate entre tropicalistas e compositores de
protesto, como mostra o sucesso impressionante de Simonal, que investiu
em uma imagem de sujeito atrevido, malandro, pilantra (bastante semelhante, me parece, à imagem atual dos rappers
americanos). Mas é fácil encaixar isso na teoria da MPB como trincheira
se aceitarmos a ideia de que Simonal era só um dedo-duro da ditadura.
Nesse ponto, Alonso empreende um trabalho investigativo com resultados
surpreendentes. Leiam o livro para entender do que se trata. Mas adianto
que, embora sua argumentação tenha me convencido de que Simonal
provavelmente não era informante, não fiquei com a impressão de que
fosse lá um sujeito muito excelente".